A octanagem de uma gasolina é medida por dois índices antidetonantes: o RON (research octane number) e o MON (motor octane number). Esses índices caracterizam a qualidade antidetonante da gasolina. Alta octanagem representa um melhor índice antidetonante que a combustível possui. A detonação causa a comumente chamada batida de pino, ou seja, a rápida combustão da gasolina no pistão do motor, causando um ruído de explosão e baixa performance do motor.

A nova gasolina brasileira limita valores mínimos de MON e RON em 82 e 92 respectivamente. Esses índices são encontrados na Resolução 807/2020 da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

A seguir, resultados que obtemos com a gasolina produzida a partir de petróleo sintético na pirólise de plásticos.

A gasolina produzida a partir de Polietileno de alta densidade (PEAD/HDPE) possui MON e RON de 85,3 e 95,3 respectivamente.

Quando a matéria-prima é o Polipropileno (PP), a gasolina possui MON e RON de 87,6 e 97,8 respectivamente.

Já com o Poliestireno (PS), a gasolina possui MON e RON de 88,3 e 98,0 respectivamente.

Como pode-se observar, a octanagem da gasolina produzida com petróleo sintético de plásticos é muito superior à gasolina de origem mineral. Isso se deve pela presença de compostos ramificados (iso) e aromáticos, principalmente, no PP e no PS respectivamente.

Quando há o foco na produção de gasolina, basta realizar um blend balanceado dos três tipos de plasticos e terá um acerto em todas as especificações técnicas necessárias, sempre com a ajuda de um especialista químico.

Produzir combustíveis de plástico inservível é muito mais fácil e sustentável que extrair petróleo das profundezas do planeta.